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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Síndrome de oposição permanente

Ainda há uns dias, publiquei um texto que falava da urgência de uma Unidade à Esquerda. Isto se queremos ver algo diferente do festival de PS e PSD a alternarem no governo. Mas a realidade infelizmente é só e apenas uma. Após várias propostas... do LIVRE, do 3D, do MAS, que acabaram as duas primeiras por cair e a terceira por se manter e chegar a reunir com várias forças políticas para se conseguir algo que era essencial...a constituição de um terceiro pólo que quisesse ser governo. Mas a realidade é diferente, e cada vez mais fica provado que há quem queira ser oposição permanente, que se sente mais confortável a dizer que algo está mal, e que fariam diferente, mas que nunca se propõem a querer ser governo e fazer diferente. Chegamos até ao ridículo, que é o Bloco e o PCP dizerem que querem um governo de Esquerda ou um governo Patriótico e de Esquerda, mas quando os confrontam de que é preciso então seguir em frente e procurar aliados para isso (excluindo o PS), descartam-se e fica  a ideia que esses governos de esquerda" são apenas consigo próprios, numa espécie de egocentrismo que não devia existir quando os destinos do país é que estão em jogo. Quando escrevi o último texto sobre isto (link em cima), o PCP já tinha apresentado candidato, mas não se tinha pronunciado sobre esta temática. Quanto ao Bloco de Esquerda, ainda não tinha candidato mas já se inclinava a rejeitar. Nos últimos dias assistimos ao já expectável (infelizmente) de quem apenas quer viver dos fundos do parlamento sem assumir qualquer responsabilidade. Da parte do PCP, já houve reacção por parte do Bernardino Soares (o mesmo da coligação com o PSD em Loures) a dizer "Cada um deve ir com as suas forças e com as suas posições e procurar reforçar a esquerda.", o que leva à frase de 2011 que levou à eleição de Passos Coelho "cada um deve ir na sua bicicleta". Portanto aqui, temos mais do mesmo, a esperança de continuar a usufruir dos dinheiros públicos sem querer de modo nenhum assumir responsabilidades. Quanto ao Bloco, a resposta é assim algo mirabolante. Diz João Semedo (Coordenador do Bloco) que uma "Convergência à esquerda seria «dar a mão» a futuro Governo liderado por Seguro". Das duas uma, ou o coordenador do bloco de esquerda quer fingir que não entendeu propostas claras que iam no sentido de não dar a mão ao PS e formar como dito anteriormente um terceiro pólo SEM PS, que se propusesse a ser governo ou (e esta é a pior hipótese) quer fazer todo o povo (seja de esquerda ou não) de burro e de estúpido e ao mesmo tempo ficar com os 8 lugares no parlamento (ou aumentar um pouco) e assim nunca assumir qualquer responsabilidade no futuro do País.

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