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sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

A falência não é igual para todos

Quando uma pessoa, uma empresa ou um Estado fica na falência, regra geral é porque não consegue cumprir os seus "compromissos". Esta é a definição geral. Esta parecia ser até à bem pouco tempo a situação do Empresário Joe Berardo, que devido a esta situação não pagou a 3 bancos um empréstimo de mil milhões de euros (1 000 000 000€). É portanto uma situação espantosa, qual milagre austeritário, que o falido empresário Joe Berardo venha dizer que está disposto a comprar ao Estado as obras de Miró que estarão a leilão no início de Fevereiro.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Crise nos emergentes: Uma segunda etapa da crise de 2008

Nos últimos dias são divulgadas a medo (pelo menos na imprensa nacional) a situação que se está a viver nos chamados "países emergentes"(que incluí Brasil, Turquia, Russia, China e boa parte da América latina e sudoeste asiático). Que situação é esta? Desvalorização acentuada das moedas, fuga de capitais, diminuição dos índices industriais, são faces que já estão visíveis numa crise que nunca desapareceu e que apenas foi disfarçada. O "aviso" para esta situação já tinha sido feita pelo ministro da Fazenda do Brasil (ministro das finanças) "Hoje, temos gravidade tão grande quanto em 2008, mas sem grandes instrumentos de controlo da Europa, como os EUA tiveram o Fed [Banco Central norte-americano]". De reparar que estas declarações foram feitas em 2012. O que permitiu então que a situação fica-se calma durante mais de um ano e os primeiros efeitos agudos se estejam a sentir apenas agora? Dinheiro para quem mais tem! Tanto na Europa como os Estados Unidos practicaram uma política de taxas de juro muito baixas, o que permitiu que os bancos se financiassem a quase custo zero, e desse modo investiram milhares de milhões nos países emergentes. O que mudou para que esteja a acontecer isto agora? Os EUA, estão a retirar progressivamente os chamados "estímulos" (que mais não são do que dar dinheiro para os mesmos empresários e banqueiros de sempre) que foram usados essencialmente em negócios especulativos, o que está a fazer a bolha que já estava de dimensões gigantescas ameaçar uma explosão.O que vai acontecer? Só nas próximas semanas o vamos saber, mas para já agarrem-se bem...pois vais ser atribulado.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Praxes, crimes e corrupção no mundo académico

No último mês é recorrente o tema das praxes, muito devido à situação passada na praia do Meco, em que 6 estudantes morreram após ao que tudo indica uma praxe. Mas as situações que roçam o crime e que configuram muitas vezes em si crimes e corrupção são comuns no mundo académico e nos últimos anos na Associação Académica de Lisboa (AAL). Embora tenham sido abafados desde a entrada do governo liderado por Passos Coelho, os casos existiram, existem e devem ser denunciados.
Começando pelas praxes, como elas existem e não como são idealizadas pelos "doutores" nas suas cabeças. As praxes têm situações que visam perpetuar o machismo, o sexismo e a obediência cega a uma figura "superior". Situações como com uma banana fazer raparigas simularem sexo oral é uma situação comum, tal como a verbalização constante de que se não se sujeitarem a essa situação não serão aceites pela restante comunidade. É esta a base de hierarquia em que para se conseguir subir, ser aceite pela comunidade envolvente, se tem de aceitar ser humilhado para conseguir vir a humilhar outros no futuro. É um ciclo vicioso que ano após ano forma pessoas que se disponibilizarão a ser humilhadas, castigadas, na esperança de um dia subir na hierarquia para conseguir fazer o mesmo. Esta prática é passada depois para o "mundo laboral", para a vida cá fora na relação "patrão - empregado" ou "Estado-contribuinte", levando a gerações que são ensinadas a não ter iniciativa de reagir e a um culto da autoridade, da figura superior.





Mas, o problema não fica apenas por estas situações, que em si já são más. O problema é os crimes que por essa via são cometidos e calados, ou por desconhecimento, ou por medo de represálias. Seja a coação psicológica, onde por exemplo se sugere que ficarão isolados do resto da comunidade ou a violência verbal com que se apelida os caloiros de "besta", "animal" ou quando opinam se diz que a opinião não conta nada porque são "animais".  Qualquer uma destas possibilidades são crime e devem ser denunciadas, e só não o são por 3 razões:

  1. Medo de ficar isolado perante os restantes colegas
  2. Medo de represálias
  3. Estar por dentro e saber ou participar dos negócios envolventes
Mas isto não é o único problema, a corrupção é parte activa neste meio. Para isso basta relembrar um caso muito abafado (desde a entrada deste governo) do "saco Azul" na Associação Académica de Lisboa, em que o presidente (à altura) da associação académica de Lisboa e actual membro da Comissão instaladora da Federação Académica do Instituto Politécnico de Lisboa, Luís Castro, para contornar uma penhora judicial sobre as contas da associação não teve pejo nenhum em criar contas paralelas em seu nome para aí receber o dinheiro proveniente das restantes associações de estudantes. E agora pergunto, porque será que o caso foi abafado? Quem é Luis Castro? Além de responsável pela instauração em 2010 do novo "código de praxes" em Lisboa, foi também (e gosta de se gabar disso), membro da comissão política de Cavaco Silva e um dos mandatários da juventude de Passos Coelho, além de ser presidente da JSD Oriental de Lisboa. Os casos são mais que muitos, a falta de vergonha, a corrupção e os crimes também. Urge acabar com isto!

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Bebé da Madeira: Investigação policial classista

Ao que parece, o bebé de 18 meses desaparecido desde Domingo e encontrado ontem estava bem de saúde, sem arranhões nem sinais de exaustão. Depreende-se daí que ele foi posto no local onde foi encontrado. Esta situação torna impossível a tese "Rambo" da polícia portuguesa, tese essa em que supostamente a criança de 18 meses teria andado 2 km durante 3 dias, à chuva e ao frio, sem comer nem beber. Após ter sido posto bem claro o quão ridícula era esta tese, a polícia focou-se na hipótese de ter sido raptado. E aí chegamos à actualidade em que a criança aparece num local ermo e a polícia se recusa a devolver a criança aos pais. Numa primeira fase alegando que não pode ser devolvida aos pais por estarem desempregados e viverem numa casa pobre e numa 2ª fase admitindo a hipótese de o pai da criança a ter tentado vender por estarem desempregados e serem pobres! O marasmo policial e a fuga para a frente são lamentáveis, mas mais lamentável ainda é a investigação policial classista em que por uma família ser pobre ou estar em situação de desemprego ficam automaticamente suspeitos de tráfico de menores.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Colina de Santana: A política de destruição promovida por PS,PSD e CDS

A colina de Santana, também conhecida por "Colina da Saúde", onde estão localizados 4 hospitais (o de S. José, o de Santa Marta, o dos Capuchos e o extinto Miguel Bombarda) tem em discussão o seu futuro. Para este local está previsto um megaprojecto imobiliário, em que, todos estes hospitais (e a sua mais-valia para a saúde) irão desaparecer e dar lugar a um megaprojecto imobiliário que já foi entregue à ESTAMO. Empresa essa que já em 2009 tinha sido acusada de mascarar as contas públicas. Este negócio vem na mesma senda, pois os terrenos foram vendidos à ESTAMO (empresa pública) pelo governo de José Sócrates, com esse mesmo objectivo.
Mas as responsabilidades do PS não ficam por aqui, pois o Plano Director Municipal(PDM) foi alterado, desclassificando a área (era uma área de localização de equipamentos) e deste modo permitindo a construção naquela área e a destruição dos hospitais e área histórica da cidade de Lisboa. É de recordar as declarações acerca da actualização do PDM por parte do presidente da Câmara de Lisboa (na altura e actualmente) António Costa onde ele diz que "Trata-se de uma deliberação de uma importância extraordinária. Devia ter sido aprovado em 2004. Estamos a fazê-lo com oito anos de atraso". Portanto, por estas declarações vemos que é um plano arquitectado à muito tempo e que passou por diversas gestões camarárias, sejam elas PSD (Santana Lopes/Carmona Rodrigues) ou PS (António Costa). Mais, este projecto prevê o fim destes 4 hospitais e a substituição por um em Marvila (na melhor das hipóteses em 2017, se não houver atrasos) pelo que, os Lisboetas e o País ficariam sem 3 hospitais por um tempo indeterminado e que seria substituído por apenas 1 que nem será um grande hospital, mas apenas de dimensão média e localizado na periferia da cidade de Lisboa. Este é mais um ataque à saúde pública e mais um capítulo da austeridade que tem sido imposta por PS-PSD-CDS, desta vez sobre disfarce da "modernização" do centro de Lisboa.

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Colina de Santana

Hoje vai realizar-se um dos debates informativos sobre o futuro da colina de Santana e o que vai acontecer aos Lisboetas na área da Saúde. O debate será na Assembleia Municipal de Lisboa.
Mais logo, ou amanhã mais informação será disponibilizada.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

O "pronto-a-vestir" da troika

O PS através do deputado Pedro Marques veio criticar a troika por as medidas serem uma espécie de pronto a vestir, iguais aqui ou na Irlanda. Até podemos concordar com essa afirmação, mas também temos de dizer que o PS sempre aplicou esse pronto a vestir, quando privatizou empresas, baixou salários e reformas e aumentou a idade da reforma. O verdadeiro "pronto-a vestir" tem sido sempre aplicado, umas vezes com a roupa toda "rosa" e outras vezes com a Camisa "Laranja" e Calças "Azuis".  Estas responsabilidades não podem ser apagadas. A responsabilidade dos governos PS (Sócrates, Guterres, Soares) e a responsabilidade dos governo PSD(Cavaco Silva) ou PSD/CDS (Durão Barroso/Paulo Portas, Santana Lopes/Paulo Portas, Passos Coelho/Paulo Portas), têm de ser lembradas e julgadas pelas suas "incompetências" (que mais não são que um serviço competente aos mesmos de sempre) e pelo roubo descarado que fizeram e continuam a fazer ao país.
Este "pronto-a-vestir" é uma loja destas forças políticas que nos trouxeram até aqui, precisamos de mudar, de uma "loja" alternativa que nos tire desta situação e não é fazendo novas combinações na mesma loja e com as mesmas cores que vamos lá.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

"A solução não passa por aumentar impostos"...será assim?

"A solução não passa por aumentar impostos"...isto foi o que o governo disse depois do chumbo do corte das pensões pelo Tribunal constitucional e hoje que anunciou as "alternativas" a esse mesmo corte. Então quais são as medidas que "não são aumento de impostos?"

  • alargamento da base de incidência da Contribuição Extraordinária de Solidariedade (CES) taxa de solidariedade 
  • aceleração do processo de auto-financiamento da adse, através da redução de compartipações e do aumento das deduções, pelos trabalhadores. 
Não consta que nada dista seja como se costuma dizer "despesa". Pois, uma contribuição seja ela extraordinária ou não, é uma contribuição (e não me consta que seja voluntária), logo é um imposto. E quanto ao aumento de dedução podemos usar o mesmo critério para classificar como imposto. Se quisermos ver por outro lado se é um imposto ou corte de despesa, também podemos ver pelo que acontece aos salários ou reformas. Ficam maiores, iguais ou mais pequenos? Mais pequenos, seja por via da contribuição ou pelo aumento de deduções. Portanto, por aí também é impostos. Por fim, e pelo que se vê só sabem tirar aos mesmos. Só sabem tirar a quem ganha a vida pelo seu próprio trabalho e não pelo trabalho alheio. Enquanto as fortunas dos mais ricos aumentam....os impostos e diminuições de rendimento a quem trabalha, a quem ganha menos sobem todos os dias. Iniciamos este ano com quem ganha menos a ganhar ainda menos, e quem ganha mais a ganhar ainda mais!