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quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Um conto de Natal por Pedro Passos Coelho

Ontem foi dia 25 de Dezembro e dia da tradicional mensagem de Natal do primeiro-ministro. Essa mesma mensagem de natal, momento habitual de propaganda de qualquer governo, ontem converteu-se num verdadeiro conto de natal inventado por Pedro Passos Coelho. Conto inventado porquê?
Então vejamos, Passos Coelho fala em querer acabar o programa sem perturbações, mas cria perturbações todos os dias, só em 2012 (falta dados de 2013) emigraram mais de 120 000 pessoas, número da ordem dos anos 60 e mais do que o número de nascimentos em 2012. Quando Passos Coelho assumiu o governo ( e o programa da troika assinado por PS, PSD e CDS) o desemprego era de 12,6% e agora em Novembro é de 15,7%, isto claro sem contar com quem já se increve ou já não está inscrito ou sem contar até com os que vão para formação forçada. Pegando no número da emigração de 2012 (120 000) passa a ser no mínimo curioso o número de empregos criados que Passos Coelho ontem disse. Ontem, Passos Coelho disse "criámos 120 000 postos de trabalho". O número não é meramente ao calhas, é o número oficial da emigração. Para Passos Coelho cada pessoa que emigra (quem não conhece alguém que tenha sido obrigado a emigrar?) é um posto de trabalho criado e razão para saltar de alegria. Nessa mesma mensagem Passos Coelho diz que "comecámos a vergar a dívida". Qual dívida? A que em 2011 estava nos 108% e que iniciou 2013 nos 124%? Em relação a vergar a dívida estamos conversados. Vergar a dívida não se vê nada, mas os ordenados vergaram isso de certeza. Por fim Passos Coelho também diz que tudo o que foi ganho até aqui pode ser perdido. O que foi ganho? Mais desemprego? Mais suicídios? Mais emigração? Aumento da pobreza? Penso que se pode dizer que esses "ganhos" são dispensáveis. E quanto ao "sem perturbações"....mais uma vez estará enganado..pois as perturbações acontecem todos os dias e é um acto de resistência que deve existir e continuar com mais força!

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