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quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Confusão Social


Na nossa História mais recente, (últimos 100 anos), já passámos por diversas fases. A Primeira República onde eram permitidos os partidos e havia eleições livres, o Estado Novo em que não eram permitidos mais partidos além da União Nacional, e neste momento estamos na chamada Terceira República onde de novo são permitidos partidos e cada um pode ter a sua ideologia. Até aqui tudo bem, a questão que se põe é o que leva as pessoas a desprezar tudo o que é ideologia e tudo o que é partidos metendo “tudo no mesmo saco”.
Desde 1976 que somos governados por uma troika de partidos que apenas têm desgovernado e vendido o país ao desbarato. É como na história de Pedro e do lobo, em que os partidos do poder gritam que eles é que sabem governar, entrando um após o outro e deixando tudo pior do que estava. Este desvario leva as pessoas para o discurso do “são todos iguais” em que se mete “no mesmo saco” quem fez mal (e já lá esteve muito tempo) com quem nada fez, porque nunca lá esteve. Mas o mais imperceptível é o facto de haver quem, não apresentando razões lógicas, diga que algo não presta apenas porque é diferente ou porque ouviu dizer que é mau. O actual anti-partidarismo, embora possa ter uma face positiva pelo repúdio aos partidos que têm governado nas últimas décadas, é profundamente negativo pois não dá como solução nada de viável. Apresenta como solução acabada o não aos partidos sejam eles partidos que defendem o capitalismo selvagem, o capitalismo liberal, socialismo, ou qualquer outra ideologia, não propondo nada viável como solução. Ao invés de defenderem que algo diferente governe os destinos de uma nação, de um mundo, dizem não a tudo, abrindo caminho a mais uma vez a uma ditadura em que todos os partidos e ideologias sejam proibidos abrindo caminho a uma ditadura de “unidade nacional” onde não há mais nada além de os senhores tecnocratas que decidem o futuro do país.
O ódio cego mostrado às ideologias comunistas/socialistas em Portugal, tão mal representadas, leva a que mais tarde ou mais cedo, e sem querer ser catastrofista, se venha a instituir uma ditadura de estilo fascista conservador onde toda a forma de pensar diferente seja proibida e o pensamento reinante seja o pensamento de classe alta (sim, não se duvide que os partidos neo-liberais têm pensamento de classe… de classe alta, burguesa, desprezando as classes média e baixa).
Deste modo, o Contra-Reaccionário deixa aqui um vigoroso apelo a que não se deixem “engolir” pelo conformismo, pelo anti-partidarismo primário e que cada um pense por si. Que cada um pesquise o que cada partido e cada ideologia defende, e que não procurem o facilitismo de dizerem não a todos.
Dia 21 de Janeiro o Contra-Reaccionário estará na rua na Marcha da Indignação (a sair do Marquês de Pombal às 15h) e conta com toda a gente para que mostrem que cada um pensa pela própria cabeça e que nega o anti-partidarismo primário e que digam não a estes governos PS/PSD/CDS que têm trabalhado arduamente para a destruição de um país e a sua venda a preços de saldo.
AS RUAS SÃO NOSSAS!

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