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segunda-feira, 28 de novembro de 2011

15 O

É público que vivemos momentos de grandes dificuldades, momentos estes que irão piorar em consequência das medidas desastrosas de austeridade aplicadas por um governo ultra-liberal, sem qualquer preocupação de cariz social, independentemente do que apregoe o primeiro-ministro ou o ministro da solidariedade (??).

Em resposta às injustiças impostas ao povo, que nas palavras de Pedro Passos Coelho tem de “empobrecer”, dando até ao seu último cêntimo para custear o enriquecimento vergonhoso de quem roubou milhões no BPN e saiu impune e de quem roubou milhões na Madeira e está impune, e de quem continua, como os gestores públicos ou boys, a ganhar quantias obscenas mensalmente e a quem nada é cortado, surgiu um movimento cidadão e sujeito político, a Plataforma 15 O. Esta Plataforma convocou uma manifestação para o dia 15 de Outubro, sem qualquer apoio partidário nem patrocínios económicos que não o dos seus membros, sendo totalmente independente. A essa convocatória responderam 100 000 pessoas, num protesto gigantesco e extensamente audível. Foi uma clara resposta do povo às medidas e ao governo e mostra que o mal-estar social só precisa de um carril e vai pôr-se em marcha.

Ao perceber claramente o aviso do povo, o ministério da Administração Interna, tratou imediatamente de ordenar uma repressão policial há muito desconhecida e que apenas encontra par nas repressões dos anos ’90.

Ainda assim e como prova da sua razão, durante a manifestação a Plataforma apelou a uma greve geral nacional, que acabou por ser chamada pelas centrais sindicais, bem como uma manifestação muito significativa para o dia da greve, a 24 de Novembro.

A manifestação foi um sucesso, com cerca de 10 000 pessoas que se deslocaram em dia de greve e sem transportes públicos de apoio.

Uma vez mais o povo se faz ouvir e o governo volta a enviar a polícia de intervenção intimidar os manifestantes. Houve várias detenções, com recurso a força desproporcionada.

Quando os manifestantes chegaram a São Bento, e mesmo durante o percurso, foram sempre “escoltados” e “recebidos” por um forte dispositivo policial, totalmente armado, cassetetes, coletes à prova de bala e gás lacrimogéneo pronto a ser usado.

Estamos perante uma das mais óbvias e tristes ofensivas à liberdade de expressão política dos cidadãos em Portugal desde que foi instaurada a Democracia no país.

O Contra-Reaccionário saúda com muito apreço todos os manifestantes que expressaram a sua opinião em ambas as ocasiões bem como se congratula e apoia a existência frutífera da Plataforma 15O, aguardando por futuras acções que estarão certamente a ser pensadas por este movimento. Não nos calarão, porque não nos representam! As ruas são nossas!

sábado, 26 de novembro de 2011

Que no nos represéntas!

Um dos gritos que mais se ouve nos movimentos de indignados que começaram em Espanha é a frase “Que no nos represéntas!”, passando a mensagem de que esta democracia não nos representa e de que as pessoas não se sentem representadas por um sistema que todos os dias vilipêndia os seus direitos mais básicos.
E eis que a Assembleia Regional da Madeira (ARM) aprova uma lei que vem pôr em causa todos os princípios democráticos até agora seguidos por esta III República. Com a lei que determina que um único deputado se pode substituir a todos os outros deputados caso não se encontrem presentes na Assembleia na altura da votação dá-se uma machadada final na Democracia Representativa na qual poucas pessoas se sentem representadas. Com esta decisão cai por terra a ideia de que se elegia os deputados para representarem o povo que os elegeu, tornando o governo regional (no caso) num todo poderoso que apenas precisa de um deputado alinhado com a politica central para que todos os seus projectos passem e seja deitada por terra a ideia de que um deputado deve ser livre de votar.
Tempos sombrios aproximam-se numa altura em que todos os princípios democráticos são enfiados na gaveta ditatorial de governos que não têm o mínimo respeito pela dignidade das pessoas que deviam respeitosamente governar proporcionando-lhe uma vida progressivamente melhor. Isto é tão mais grave quando neste mesmo dia o senhor primeiro-ministro Pedro Passos Coelho disse numa conferência que “temos de recuperar a competitividade perdida de à 40 anos para cá.”. Que competitividade senhor primeiro-ministro?? A competitividade que levava crianças de 11 anos trabalhar para os campos e a não estudarem por falta de dinheiro das respectivas famílias? Ou será a competitividade que fazia de nós um dos países mais pobres e atrasados da europa, onde até uma simples refeição se tinha de resumir muitas vezes a uma malga de sopa pois não havia dinheiro para mais? Senhor primeiro-ministro quer voltar ao país onde as crianças tinham de andar descalças porque não havia dinheiro para comprar calçado novo, e onde o melhor calçado era reservado para certas ocasiões?? Tenha vergonha Senhor Pedro Passos Coelho (que de senhor nada tem). Uma coisa consigo garantir, qualquer que seja a situação o Povo Português não se calará! A uma tentativa de instituição de pobreza Mundial a resposta terá de ser uma de todos os Povos do Mundo...LUTA!!

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Olhos bem abertos...

Hoje, quinta-feira dia 17 de Novembro enquanto seguia pela avenida 5 de Outubro acabado de sair da estação de entrecampos deparei-me com algo insólito. Um sujeito por volta dos seus 70 anos procedia ao arranque despudorado de cartazes do 15 de Outubro que anunciam a Manifestação no dia da GREVE GERAL. Ao reparar na situação dirijo-me ao sujeito e pergunto-lhe directamente qual a razão de estar a arrancar aquilo, ao que ele me vira as costas e começa a dobrar o cartaz e a atravessar a rua em fuga. infelizmente e devido a já estar atrasado para um compromisso não o pude seguir.

Venho então informar que há provavelmente já indivíduos com objectivo de destruir o 15 de Outubro apagando a sua propaganda. Mas o 15 de Outubro não se destrói, o 15 de Outubro é uma ideia de democracia, uma ideia de liberdade. E citando um filme que se enquadra aqui muito bem "ideas are Bulletproof". Deixo um apelo a toda a gente que vir estes elementos...confrontem-nos e incomodem-nos ao máximo, não os deixem fazer isso sem serem incomodados.

sábado, 12 de novembro de 2011

15 Outubro - A necessidade de uma democracia a sério!

No último dia 15 tivemos por todo o país e por todo o mundo manifestações de um povo que já não se revê nos partidos (comodamente instalados) e portanto em todo o "circo" da democracia que todos os dias nos chega. O grito que mais se ouve é que os partidos não os representam e por consequência...que não se sentem representados pela democracia "representativa". Porque está a falhar esta democracia?? Haverá culpa dos intervenientes? Ou é culpa dos próprios cidadãos?

A mudança de percepção das pessoas tem de ser uma realidade e não apenas um mero exercício de retórica. Para que essa mudança ocorra urge que o sistema político (e com ele o económico e social) mude e se aproxime dos cidadãos que sustentam a sociedade.Mas a mudança apregoada por tantos para ser tornada realidade terá de partir de cada um exigir a mudança. E como exigir a mudança? Como ser parte activa? Isto tem de passar por participar em movimentos cívicos ou partidos e actuar como um "micróbio" contaminando e promovendo a mudança que procura.Se se pensa que a mudança tem de ser mais revolucionária ou mais reformista há que actuar nesse sentido. O ficar em casa a dizer que algo está mal não é nem pode ser solução. É o desafio que deixo, pensas diferente? ACTUA diferente!
POR UMA SOCIEDADE DIFERENTE VAMOS À LUTA!!!

A resistência continua...